amando muito aqui, continua *-*
A Dangerous Passion. +16
Capitulo 1 - "Quem é ele?"
Ouvi o despertador tocar e logo pensei em possibilidades como me esconder de baixo da cama, pular da janela ou até cortar os pulsos. Não a ultima opção foi demais, já me acham com cara de emo sem fazer coisas do tipo.
– Que droga! – Xinguei após alguém abrir a cortina do meu quarto, fazendo com que uma luz super forte invadisse e brilhasse no meu rosto. E aquele quarto que a poucos segundos era escuro e aconchegante, não existia mais.
– Bom dia Filhotinha! – Meu pai sempre me tratava como se eu tivesse 5 anos de idade. Fazer o que? Eu era a filhinha da casa, a caçula, mas felizmente tinha só um irmão, ta... Não é tão feliz assim, ja que Connor vale por 7 irmãos mais velhos.
– Bom dia pai! – Falei segurando um bocejo.
– Estou indo trabalhar, seu irmão ainda ta dormindo, acorda ele pra mim se não vão se atrasar para a escola! – Disse me dando um beijo na testa e saindo do meu quarto. Só me levantei da cama após ouvir o carro dele saindo e na mesma hora, meu irmão ligou aquele lixo que ele chama de música.
– Você não mora sozinho! – Gritei batendo a porta.
Fui para o banheiro tomar um banho quente. Entrei no chuveiro e fiquei horas por lá, quando decidi sair, meu irmão começou a bater na porta.
– Hayley, me deixa usar seu banheiro, sai logo daí! – Ele queria derrubar minha porta ou o que?
– Você tem um banheiro no seu quarto, idiota! – Abri a porta irritada.
– Mas é que... – Ele hesitou, sem ele falar nada já sabia o que ele diria.
– Aquela vadia dormiu aqui? – Perguntei séria e desagradada com essa possibilidade.
– Vadia é o cu da cachorra, não fala assim da Tiffany! – Ele fez aquela cara de bobo apaixonado. – E sim, ela dormiu!
– Vai tomar banho com ela então cara! – Bati a porta na cara dele.
Odiava aquela namoradinha ridiculamente fofa e delicada do meu irmão. Ela era tão insuportável com aquela voz fina e toda aquela futilidade, uma unha quebrada para ela, seria o fim do mundo.
– Hayley, para de ser chata! – Ele continuou a bater na porta.
– Connor, vai tomar banho no banheiro do papai! – Gritei segurando a porta.
– Ele tranca o quarto dele e você sabe disso! – Ele era insistente. Era mal de família, admito!
– Vocês fizeram...? – Perguntei abrindo a porta pela metade.
– Se ela dormiu aqui, é claro! – Ele respondeu sussurrando.
– Você não vai limpar esses fluidos corporais no meu chuveiro! – Gritei batendo a porta na cara dele.
Depois de entrar no chuveiro e meu irmão desistir de bater na porta, tomei mais um banho de uns 30 minutos e sai. Fui para meu armário escolher uma roupa. Coloquei minha camisa do Metallica preta, uma calça jeans justa, meu all star vermelho. Fui até a janela, Ah que saco, estava nevando. Peguei minha touca vermelha e meu casaco. Colorido, mas pelo menos fazia contraste com minha calça, camisa e maquiagem preta.
– Hayley vamos logo, não quero me atrasar! – Connor não sabia falar baixo? Acho que não!
– Quem mandou reprovar no primeiro ano! – Gritei esperando algum tipo de resposta.
– Cala a boca pirralha e vem logo! – Ele gritou e eu segurei o riso.
Chegamos à escola e logo. Sai do carro sem nem mesmo falar com meu irmão e sua namoradinha fútil, comecei a caminhar reparando as mudanças que fizeram na escola, não foram muitas, mas fizeram como construir uma cantina nova. Fui para meu canto favorito desde a sétima série, a arquibancada do campo de futebol, sentei em um dos últimos degraus e fiquei lá escutando musica no meu ipod.
– Hayley! – Mesmo com o fone no ouvido pude escutar aquela voz familiar chamar meu nome.
– Jan? – Olhei para onde havia escutado alguém me chamar e minha melhor amiga, Janet, ou como gosta de ser chamada, Jan, vinha com aquele sorriso escancarado.
– Que saudade de você! – Ela gritou me apertando. – Como foi as férias? Por que faltou a primeira semana de aula?
– Estava na casa dos meus avós, lembra? – Sorri finalmente conseguindo escapar daquele abraço sufocador. – O que perdi?
– Nada demais! – Ela disse desinteressada. – Ah, estamos na mesma sala!
– Mas como? – Perguntei curiosa. – Você me disse por telefone que estávamos em salas separadas!
– Sim, isso é verdade! – Ela sorriu tirando o casaco. – Mas choraminguei pro seu pai, dizendo que “era nosso ultimo ano escolar e que nunca mais ficaríamos juntas!”. Então ele ligou para a diretoria e colocaram a gente na mesma sala!
– Sua pilantra! – Sorri surpresa. Como ela conseguia fazer essas coisas? Não era por menos que ela queria ser atriz.
Jan começou a me contar sobre os novos objetivos para nosso ultimo ano de escola. E um deles, como esperava dela, era arrumar um namorado. Eu nunca liguei muito para isso, até odiava quando garotos começavam a dar em cima de mim, conseqüentemente eu nunca namorei. Mas não me fazia diferença.
– E vamos sair todas as sextas! – Ela terminou de falar.
– Como assim? – A encarei. – Da onde sai o dinheiro?
– Dos nossos pais! – Ela sorriu sacana.
– Só se for do seu, meu pai cortou minha mesada! – Apoiei a cabeça no joelho.
– Por quê? – Jan abriu a boca surpresa, falta de dinheiro para ela era a morte.
– Você ainda pergunta? – A encarei tipo “er”. – Por a gente ser pega sabotando a apresentação de balé da princesinha da Tiffany!
– Mas a namorada do seu irmão mereceu! – Ela riu maldosa. – Aquela vaca!
– Juro que eu acho que você gosta do meu irmão! – Eu disse brincando.
– CREDO HAYLEY! – Ela gritou com vergonha. – Cala essa boca, você comeu coco fora do prazo de validade? – Adorava as frases estranhas que a Jan dizia. – Vamos parar com esse assunto sem noção e vamos analisar os garotos do time de futebol!
– Quando você diz “analisar” você quer dizer “vamos sonhar que um dia vamos namorar um deles!”?
– É por ai, Hay! – Ela concordou.
Por inicio até que olhei para os garotos, mas eu não era igual a Jan, não gostava daqueles garotos fortões e metidos a gostosões. Eles não me atraem nem um pouco.
Fiquei vagando com os olhos pelo campo sem pesar em nada especificamente. Estava apenas olhando até meus olhos se encontrarem com um garoto completamente atraente, no meu ponto de vista. Ele estava vestido todo de preto, estava sentado do outro lado das arquibancadas, aparentemente olhando para o nada. Percebi quando ele começou a rir de algo, olhei para onde ele estava olhando. Alguns garotos do time de futebol tinham caído. Garoto mau, estava rindo da desgraça alheia. Foi ai que me interessei.
– Jan? - Tive que sacudi-la, ela estava paralisada demais.
– Oi? – Praticamente babava.
– Quem é aquele garoto? – Perguntei sem apontar, ele poderia ver.
– Qual deles? Eu sei o nome de todos, Alan, Peter, Brandon... – Ela começou a falar entusiasmada e eu a interrompi.
– Não os jogadores de futebol! – Sussurrei. – Aquele garoto do outro lado da arquibancada! – Pude reparar Jan revirar os olhos.
– Só podia ser! – Ela sorriu divertida. – Você tem que começar a usar óculos amiga! – Impressão minha ou a loira me zombou?
– Para de me zoar e responde!
– O nome dele é Andy ou alguma coisa parecida! – Ela se fez de desinteressada.
– Ah, qual é Jan, você sabe mais do que isso! – Eu implorei com uma carinha de cachorro sem dono. – Você sabe da vida de todos, você é a Sherlock Holmes mulher!
– Ok, Hay! – Ela nunca resistia a minha carinha de cachorrinho. – O nome dele Andrew, mas é mais conhecido como Andy, ou Andy Six! – Ela o encarou, parecia querer relembrar os dados que havia armazenado sobre ele. – É um ano mais velho, olhos azuis, mora com o pai e a mãe e principalmente, não é uma boa companhia para você! – Ela se virou para mim com um olhar malicioso.
– Sabia que você ia falar isso alguma hora! – A olhei irônica. – Como assim ele não é boa companhia pra mim?
– Ele não é, olhe para a cara dele Hay! – Ela apontou para ele e eu segurei o braço dela. – Ele já tem uma cara de assassino, ele fuma, bebe, e já teve multa por velocidade e boatos dizem que ele já foi preso, esse garoto é barra pesada! – Ela parecia uma mãe.
– Jan, ele é apenas um adolescente rebelde! – Sorri pra mim mesma ao dizer isso. – Adoro garotos rebeldes. – Mordi o lábio ao olhá-lo novamente e sorri maliciosa. Fiquei o olhando imaginando todas as coisas más que ele já devia ter feito, não resisti ele me interessava, e muito. Só parei de olhar quando ele me olhou. Gelei! - Mas porque eu nunca vi ele antes?
- Ele estudou aqui ate o primeiro ano e depois saiu da escola, as más linguas dizem que ele foi preso com drogas. - Jan me explicava em sussurro.
- Ele é muito bonito... - Eu disse ainda o encarando maliciosa.
– Hay, não vai se meter com ele! – Jan se levantou botando o casaco. – Vamos a aula vai começar! – Ela colocou a mochila em um ombro e eu concordei me levantando também. Olhei para “Andy”, mais uma vez e senti um arrepio.
– Vamos! – Disse a seguindo e olhando até perdê-lo de vista.